“Eu tenho um grande medo dessa coisa de ser normal…” (John Lennon)
HÁ 83 ANOS, John Winston Lennon nascia em Liverpool, em 09 de outubro de 1940, durante um bombardeio nazista na a 2° Guerra. Por isso, recebeu o nome de Winston em homenagem a Churchill que resistia as investidas nazistas em toda Europa.
O MENINO John, cresceu longe do pai que o abandonara e logo perdeu a mãe atropelada. Sob os cuidados de uma rigorosa tia, tornou-se um adulto contestador que liderou passeatas pela paz, movimentos contra a Guerra do Vietnã.
LENNON também foi ao combate do conservadorismo, além do apoio ao feminismo e outras tantas ações que libertaram e transformaram para sempre o pensamento da humanidade, sempre emolduras por canções e poesias inesquecíveis.
IRONICAMENTE o pacifista John Lennon morreu baleado em 08 de dezembro de 1980. Desde aquela data fatídica, mais de dois milhões e cem mil pessoas morreram baleadas nos EUA, vítimas de civis “cidadãos de bem”.
ÍCONE incontestável da cultura pop do século passado, as canções de Lennon e dos Beatles, até hoje atrai uma legião de novos fãs, inclusive crianças, que reconhecem a obra fantástica.
UM GÊNIO que soube decifrar o mundo, John Lennon conseguiu a proeza de continuar influente, um ícone revolucionário, não só no mundo da música, mesmo 40 anos após sua morte.
EUA CONTRA JOHN LENNON
“Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violência é praticada em plena luz do dia.” (John Lennon)
PODE SER DIFÍCIL para alguém com menos de 40 anos lembrar disso, mas já houve uma época em que os EUA ainda não era governado por Donald Trump, em que uma guerra era questionada com força pela população estadunidense, e em que os artistas da cultura pop lutavam contra os poderes constituídos.
ESTAMOS falando aqui do final da década de 60, quando Richard Nixon comandava o xadrez sangrento da Guerra do Vietnã e suava para enfrentar a opinião pública.
A GRAVAÇÃO da canção “Give Peace a Chance” em 1969 contra a Guerra do Vietnã marca a transformação de Lennon em um ativista antiguerra. Foi o começo de um processo que culminou em 1972, quando a administração do presidente norte-americano Richard Nixon tentou deportá-lo dos Estados Unidos.
QUANDO John Lennon e Yoko Ono mudaram-se para Nova Iorque em agosto de 1971, eles se tornaram amigos de líderes antiguerras como Jerry Rubin, Abbie Hoffman, e outros, e planejaram um concerto nacional para que coincidisse com a eleição presidencial de 1972. John Lennon tentaria convencer aos jovens a votar contra a guerra, ou seja, a votar contra Nixon.
O GOVERNO Nixon começou a investigar John Lennon com a finalidade de deportá-lo. O concerto nunca aconteceu, mas John passou, na época, boa parte de seu tempo tentando livrar-se da deportação.
▪Em 1971, John Lennon cantou no concerto Free John Sinclair em Ann Arbor. Sinclair era um ativista antiguerra preso por dez anos por portar dois cigarros de maconha. John Lennon e Yoko Ono apareceram no concerto assim como Stevie Wonder e outros músicos, mais os ativistas radicais Jerry Rubin e Bobby Seale dos Panteras Negras.
▪Em 1972, John deu entrevista ao Mike Douglas Show, falando contra a Guerra do Vietnã. Nixon deixou a Casa Branca após o escândalo de Watergate.
▪Em 1975, John Lennon conseguiu finalmente seu green card. Após sua morte em 1980, o FBI admitiu tê-lo investigado. Lennon foi uma das vítimas da lista negra de Edgar Hoover.
👉 John Lennon é o mais notório dessa lista. Não mais o Beatle de cabelo arrumadinho, logo após o fim da banda com Abbey road, o inglês investia cada vez mais em sua nova persona, com carreira solo e ao lado de sua musa Yoko Ono.
MORANDO nos EUA, Lennon se tornou uma metralhadora de marca maior, cada vez mais mirada na Casa Branca. Talvez por influência de Yoko, talvez pelo seu saco cheio com a situação mundial, o músico se politizou, aliando-se a figuras ativistas, como o líder do grupo Panteras Negras Bobby Seale, contra todas as decisões do governo Nixon.
EM RETALIAÇÃO à sua posição de “figura pública com opinião”, Lennon tornou-se alvo preferencial de Nixon e de J. Edgar Hoover, o mítico diretor do FBI. A agência espionou o músico, levantando um imenso dossiê. A guerra viria à tona quando a justiça decidiu deportá-lo, usando como desculpa uma apreensão de maconha na Inglaterra, anos antes.
👉 O documentário “Os Estados Unidos contra John Lennon” cumpre seu papel ao apresentar, a um público que não tem um forte referencial de sua figura contestadora. Devia servir de exemplo para esse bando de artistas “coxinhas” que estão por aí. O mundo precisa, cada dia mais, de um “subversivo” feito Lennon.
JOHN LENNON & CHE GUEVARA
O DIA 9 de outubro marcou profundamente a história da humanidade. Em 1967, Che Guevara foi assassinado covardemente pelo exército boliviano a mando da CIA, se transformando em um dos heróis mais venerados do mundo. Nesse mesmo dia nascia em 1940, nasceu na Inglaterra outro nome que se transformaria num ícone da juventude. John Lennon, líder do grupo musical que universalizou o rock e ajudou a transformar a arte no mundo. Lennon foi assassinado por um suposto fã no dia 8 de dezembro de 1980, aos 40 anos.
AMBOS, cada um a seu modo, viraram ícones de luta porque deram a vida pelo que acreditavam ser o melhor para o mundo. Che manteve em sua curta vida uma índole e um caráter devotado à causa do socialismo, da liberdade, da justiça e da vida dos proletários do mundo. Forjado na luta diária dos povos latino-americanos em superar a miséria imposta a essa parte do continente americano pelo imperialismo ianque.
CHE recebeu e enriqueceu a herança espiritual, e decidiu formar seu caráter para assumir, com os fatos e com a consagração de sua vida, o compromisso que reputou irrenunciável: o de defender com seu enorme talento, valor e virtudes o direito dos pobres de América e a aspiração bolivariana de integração moral das pátrias latino-americanas.
LENNON transformou o mundo com sua arte, a luta pela paz num momento em que a guerra imperialista predominava e na defesa dos trabalhadores e da juventude expressa em suas canções.
O jornalista norte-americano David Sheff, que fez a última entrevista com o ex-beatle, Lennon e sua mulher Yoko Ono mostravam em 1980 “que existe uma outra forma de ver a vida” que não seja nos moldes capitalistas de consumo e deter coisas.
Che de armas nas mãos levou a revolução por onde passou porque acreditava nela e no socialismo como futuro da humanidade. Lennon levou sua arte para todos em defesa da paz e acreditava no socialismo como futuro da humanidade. Os dois se encontraram na crença de que a vida vale a pena e na luta dos oprimidos contra os poderosos do mundo.
Fonte Marcos Aurélio Ruy e Eduardo Viveiros
Você ouve ROCK E REBELDIA no Programa FAZ ESCURO MAS EU CANTO
Sexta 19h – Repeteco Sábado e Segunda 18h – Só na sua https://cabareradio.com.br
Excelente matéria! É sempre bom relembrar a importância do humanismo de John Lennon, nos divesos campos em ele atuou. John era um beatle, mais foi muito além dos Beatles.
Muito além das palavras. John Lennon era atitude
Parabéns pela matéria!
Obrigado companheiro
Che e John VIVEM na Luta continuada por Liberdade contra todo tipo de tirania- fascismo apelidado de capitalismo. Valeu, Ale !!!
Valeu companheiro!!! #HastaLaVictoriaSiempre
Obrigada pelo artigo! Várias informações que me eram desconhecidas, adorei saber um pouco mais. 🙂
Bom saber disso! Essa é a proposta do programa: cultura, informação e rock and Roll. Pois só a arte transforma
Showwww, demorô, finalmente uma página musical/política pra rapaziada das antigas, e pra galera mais nova..
A União do otimo com o agradável….
MUITO ÓTIMO!!!👍👍👍👍👍👍
Todos juntos contra o fascismo!!!
Ele foi um ícone ! Único na sua sabedoria e o de ser uma pessoa humana. Como todo gênio, jamais será compreendido. Sua grande missão: nos ensinou a refletir e pensar sobre quem nós somos…
Muito bem posto companheiro. Mas Lennon está vivo no coração e na alma dos que ficam indignados com todo tipo opressão
Muito bem escrito.
Interessante conhecer a história e a luta dele pelo o que ele acreditava !
Obrigado querida pelo carinho. Todos que lutam contra a opressão e indiferença fazem falta nesse mundo tão insensível
Testando